As mudanças climáticas são um dos maiores desafios de nosso tempo. Devemos agir agora e nos comprometer para avançar no setor da aviação. Como parte desse compromisso para construir um futuro sustentável, a Embraer anunciou, em 2021, novas metas estratégicas e caminhos ambiciosos para transformar suas operações neutras em carbono até 2040 e contribuir com uma aviação carbono-líquido-zero até 2050.
Alinhada com a estratégia comercial, a estratégia climática da empresa está presente em tudo o que fazemos, desde nossos processos e instalações até o desenvovimento de produtos e envolvimento da nossa cadeia de suprimentos.A empresa trabalha junto com seus principais stakeholders, internos e externos, para desenvolver estratégias de descarbonização e definir indicadores que estejam integrados ao plano de negócios empresarial.
Na Embraer, reconhecemos a urgência da crise climática e acreditamos que a transição para uma economia de baixo carbono e a necessidade de adaptar o transporte aéreo a este novo contexto pode representar uma grande oportunidade. Intensificamos nossos esforços para minimizar nossa pegada de carbono, permanecendo dedicados a soluções inovadoras que tenham um impacto mais amplo em nossos clientes, em nossas comunidades locais e em nossas aeronaves.
Nosso objetivo é descarbonizar nossas operações diretas e indiretas, concentrando-nos principalmente na redução e eficiência do carbono. Não incluindo o uso do produto, estima-se que nossas emissões de Escopo 1 e 2 sejam responsáveis por cerca de 75% da pegada de carbono de nossa empresa, razão pela qual estamos priorizando nossos esforços nestes aspectos. Quando pensamos nas emissões na fase de uso do produto, as aeronaves que projetamos e construímos são responsáveis por emissões significativas de carbono, por isso é imperativo que inovemos em novos projetos e tecnologias com a sustentabilidade em mente.
Com este objetivo, pretendemos trazer as melhores aeronaves da categoria para o mercado em um ritmo acelerado para ajudar os clientes e parceiros a atingirem suas metas climáticas. Este é um esforço de equipe, e devemos trabalhar além das indústrias e fronteiras para enfrentar a crise climática. Veja abaixo os nossos compromissos.
• Neutralidade em carbono nas operações até 2040 (Escopo 1+2);
• 100% de energia de fontes renováveis até 2030 e meta intermediária de pelo menos 50% de energia renovável até 2025;
• Começar a usar combustível de aviação sustentável (SAF) nas operações a partir de 2021 e chegar a pelo menos 25% até 2040;
• Compensar quaisquer emissões residuais que não sejam reduzidas por meio de projetos de eficiência, energia alternativa disponível ou novas tecnologias.
• Crescimento neutro em carbono a partir de 2022:
• Compromisso de limitar as emissões de carbono aos níveis de 2021, mesmo com o crescimento das operações;
• Aviação zero carbono até 2050 (Escopo 3) a serem alcançadas com contribuições em:
• Desenvolvimento de produtos, serviços e tecnologias sustentáveis disruptivas, incluindo eletrificação, híbridos, biocombustíveis, incluindo SAF e outras energias alternativas inovadoras;
• Trabalho em conjunto com fornecedores para tornar nossas aeronaves atuais compatíveis com o uso de 100% de SAF;
• Trabalho ativo com a cadeia de suprimentos para expandir a escala global de produção de SAF;
• Melhoria contínua da eficiência de nossas aeronaves atuais até a certificação de novas tecnologias;
• Lançamento de aeronaves eVTOL com emissão zero até 2026.
Sabemos que a execução da estratégia climática e o atingimento dos nossos compromissos dependem de uma jornada a ser percorrida, em conjunto, por todas as áreas da companhia, com a colaboração de seus stakeholders externos. Portanto, foram criados grupos de trabalho (GTs) multidisciplinares para liderar temas estratégicos que influenciarão diretamente nos resultados desta jornada. São eles SAF (Sustainable Aviation Fuel), Energia, Tecnologia e Inovação, Comunicação, entre outros.
Cada grupo possui uma frequência de encontros, de acordo com a necessidade e o momento de cada projeto. Mensalmente, as lideranças desses grupos se reúnem no ESG Fórum, onde compartilham as principais atualizações de todos os projetos em andamento. Além disso, 4x ao ano acontecem as reuniões de visibilidade, chamadas de QRM – Quartely Meeting Review, com a participação do CEO e Vice-Presidentes da companhia.
O compromisso com o meio ambiente permeia toda a nossa cadeia produtiva. Desde nossos processos e instalações até o desenvolvimento de produtos e da cadeia de fornecedores. Não é à toa que fomos a primeira indústria da aviação no mundo a conseguir a norma ISO 14001. Em 2002, implementamos em nossas principais unidades o Sistema de Gestão Ambiental e, desde 2009, elaboramos o inventário de Gases de Efeito Estufa, que anualmente é certificado na ISO 14064, e calcula as emissões de Escopo 1, 2 e 3.
Através da Política de Meio Ambiente, Saúde e Segurança do Trabalho, definimos diretrizes claras, que são adotadas por toda a Empresa, em todo o mundo, para temas como ecoeficiência, engajamento da cadeia de suprimentos, desenvolvimento de produtos (práticas de Design for Environment) e atuação em medidas que minimizem as mudanças climáticas.
O Programa de Gestão de Eficiência Energética da companhia conta com metas de longo prazo e metas intermediárias; um pilar de Inovação, Pesquisa e Desenvolvimento de novas tecnologias; Condução dos projetos através do GT de Eficiência Energética; Avaliação do progresso através do Fórum ESG e QRM e conta com um pilar de comunicação, focado em treinamentos para concientização de funcionários e promoção de comportamentos que colaborem com a redução do consumo de energia e uso eficiente de recursos.
Metas
· Energia 100% renovável até 2030 com meta intermediária de pelo menos 50% de energia renovável até 2025;
· Neutralidade em carbono nas operações até 2040;
· Crescimento neutro em carbono a partir de 2022.
O consumo de energia da companhia é acompanhado mensalmente no sistema de gestão ambiental (ISO 14.001:2015), sendo parte dos objetivos e metas das unidades operacionais.
Além disso, são também realizadas as verificações dos dados de emissões de gases de efeito estufa (ISO 14064:2018) - ambas ações permitem que as informações relacionadas ao consumo energético sejam fidedignas e continuamente monitoradas. Os resultados são apresentados uma vez ao ano à alta liderança da empresa e ao CPESG.
Acreditamos que a inovação é a chave para o sucesso duradouro. Por isso, dedicamos quase 10% da nossa receita anual à pesquisa, desenvolvimento, inovação e modernização das nossas instalações industriais. Essa estratégia inclui a exploração de novas fontes de energia renovável, buscando um futuro mais sustentável para o planeta e para a nossa empresa.
Sustentabilidade em cada etapa: Ao construir ou reformar unidades fabris, priorizamos o uso de energias limpas e equipamentos de maior eficiência energética. Essa abordagem garante operações mais sustentáveis e contribui para a mitigação das mudanças climáticas.
Com o objetivo de usar a energia de forma eficiente e com responsabilidade, a Embraer criou a Elux, um personagem para falar com os mais de 19 mil funcionários da empresa de forma lúdica, trazendo informação de qualidade e promovendo a mudança de comportamento. O treinamento é contínuo, e conta com 3 canais principais de comunicação. São eles:
Minuto ESG: Vídeos de até 1 minuto que inspiram com histórias reais de pessoas que estão fazendo a diferença na luta contra as mudanças climáticas dentro da empresa;
Charges divertidas: Uma forma leve e descontraída de aprender sobre os desafios e oportunidades da transição energética no dia a dia;
Espaço para ideias: Um ambiente aberto para o compartilhamento de ideias e sugestões para economizar energia e reduzir o impacto ambiental da empresa e da casa dos funcionários.
As mudanças climáticas representam riscos crescentes para as empresas, afetando tanto as operações quanto as perspectivas futuras. Reconhecendo essa realidade, a Embraer se dedica a avaliar, mensurar e gerenciar esses riscos de forma proativa, como parte de sua estratégia climática e está incorporando a avaliação de riscos relacionados ao clima em seu processo de ERM – Entrerprise Risk Management.
Em 2023, a Embraer, em parceria com sua companhia de seguros, conduziu um estudo abrangente de riscos físicos relacionados ao clima. Combinando expertise em engenharia de dados, análises quantitativas e qualitativas, e visitas presenciais às unidades da empresa ao redor do mundo, o estudo mapeou os riscos físicos agudos e crônicos que podem afetar a empresa.
O estudo considerou três cenários climáticos distintos (RCP 2.6, RCP 4.5 e RCP 8.5) em dois horizontes temporais (curto prazo - 2033 e longo prazo - 2050). Para cada unidade da Embraer, foram identificados os riscos físicos específicos, levando em conta eventos climáticos extremos como chuvas intensas, inundações, tempestades de vento, terremotos e geadas, eventos esses que são potencializados pelas mudanças climáticas.
Um dos resultados deste estudo foi a identificação e avaliação dos impactos financeiros de cada um desses riscos para a companhia. Com base nessas análises, planos de ação individualizados foram elaborados pela seguradora, detalhando as medidas técnicas necessárias para a prevenção e mitigação dos riscos. Relatórios anuais monitoram o status de cada ação, garantindo a efetividade das medidas implementadas.
Este foi o segundo estudo de riscos climáticos realizado pela Embraer. O primeiro, conduzido por uma consultoria externa em 2019, avaliou, além dos riscos físicos, os riscos e oportunidades de transição para uma economia de baixo carbono, incluindo aspectos políticos e legais, tecnológicos, reputacionais e de mercado.
Os resultados desses estudos estão servindo de base para a elaboração do plano de mitigação e resiliência climática da Embraer. Esse plano traçará as ações da empresa para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, se adaptar aos impactos das mudanças climáticas e garantir a sustentabilidade do negócio a longo prazo.
Além dos estudos mencionados, a empresa conta com uma área específica de Relações Governamentais, cujo uma de suas atribuições é monitorar legislações e normas emergentes que possam afetar os negócios da companhia, sendo as relacionadas ao clima um dos temas acompanhados.
As mudanças climáticas tem estimulado cada vez mais governos e associações setoriais de diversas regiões do mundo a criarem novas legislações, normas e regulamentos a fim de estimular o setor privado a adotar novas tecnologias e formas de fazer negócios alinhados a uma economia de baixo carbono.
Neste sendito, a Embraer vem investido ha alguns anos em novas tecnologias de baixa e zero emissão, a fim de atender a essas novas exigências regulatórias, mantendo a perenidade do negócio e contribuindo para uma aviação zero-carbono em 2050. Atualmente, a empresa possui em operação as aeronaves mais eficientes do setor, a família de jatos E2, que pode contribuir para uma redução de emissões de até 25% por assento comparado com a geração anterior dos E-Jets e de mais de 30% comparada a emissão por viagem com jatos entre 150 e 200 assentos, que muitas vezes voam com ocupação baixa, gerando como consequência alta emissão por passageiro transportado. Estes jatos atendem a Taxonomia Europeia, uma norma da União Europeia que determina se uma atividade ou produto é considerado sustentável.
O primeiro modelo da família E2 entrou em operação em 2019 e, em 2023 já representou cerca de 24% de toda a receita líquida da companhia.
A estratégia climática da Embraer, bem como toda a agenda de Sustentabilidade Corporativa & ESG, segue uma estrutura de governança sólida com rituais bem estabelecidos dentro da companhia. A alta liderança da companhia (CEO e Vice-Presidentes) acompanha, trimestralmente em reuniões ordinárias chamadas de QRM – Quarterly Review Meeting, a evolução dos compromissos em ESG, contribui nas decisões estratégicas sobre o tema, supervisiona questões relacionadas à riscos e oportunidades relacionadas ao clima, bem como aprova a divulgação, por meio do Relatório Anual de Sustentabilidade, dos resultados e progressos atingidos.
Além disso, estes temas são levados para o Comitê de Assessoramento do Conselho Diretor responsável pelo tema ESG dentro da companhia, o CPESG (Comitê de Pessoas e ESG), 4 vezes por ano. Saiba mais sobre Governança no Relatório Anual de Sustentabilidade.